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Tratamento do Câncer e Saúde Capilar

Tratamento do Câncer e Saúde Capilar

O tratamento do câncer tem por finalidade a cura e o controle ou alívio dos sintomas relacionados à doença. E, dependendo do tratamento instituído (quimioterapia, cirurgia, radioterapia, etc), surgirão efeitos colaterais que variam de paciente para paciente. Vários fatores podem influenciar no surgimento, na intensidade e na duração dos sintomas. Um dos efeitos adversos é a perda de cabelo (alopécia), que pode ocorrer em todo o corpo.


Certamente, apesar de não colocar a vida do paciente em risco, é uma experiência desafiadora, psicológica e emocionalmente, afetando a autoimagem e a qualidade de vida. O cabelo pode cair de uma vez só, ou de forma gradativa. No entanto, a perda do cabelo é temporária e ele volta a crescer após o término do tratamento.


A radioterapia afeta apenas o cabelo das regiões dentro da área irradiada e depende da dose da radiação. Em relação à quimioterapia, nem todos os medicamentos utilizados provocam a alopécia. E, em geral, não é imediata e a quantidade de perda varia entre os pacientes. Aprender a lidar com queda dos cabelos e falar sobre o assunto proporciona conforto. Algumas medidas simples podem auxiliar no cuidado com o cabelo e com o couro cabeludo:

  • Escova de cabelo macia para o cabelo remanescente
  • Protetor solar no couro cabeludo
  • Proteger do frio nos meses mais frios 
  • Evitar secar o cabelo com altas temperaturas
  • Evitar o uso de tinturas e demais produtos químicos
  • Evitar trançar, amarrar com elásticos (preferir fitas)
  • Fronhas de travesseiro macias (seda ou cetim)

Outra tecnologia disponível hoje, no Brasil e no Complexo ISPON, é a Capelli. Trata-se de uma touca rígida feita em plástico de engenharia ABS, revestida de espuma térmica de células fechadas conectada a um equipamento gerador de ar extremamente frio, o Freddo.  Este sistema foi vencedor do Desafio Pfizer 2017 inovação do ano na área médica.


Assim, através de um sistema de resfriamento do couro cabeludo consegue-se minimizar a queda de cabelo durante o tratamento quimioterápico. Não existem contraindicações absolutas, entretanto deve-se evitar seu uso em pacientes com baixa performance clínica e/ou comprometimento do couro cabeludo.  As pacientes que irão utilizar o Capelli receberão orientações específicas sobre os cuidados, mas de modo geral, seguem as orientações acima citadas.

 
Estudos recentes mostram que a maioria das pacientes deseja camuflar e/ou prevenir a alopécia, transformando o resfriamento capilar em uma intervenção válida. As estatísticas atuais também demonstram um aumento progressivo do uso deste tipo de tecnologia, refletindo a maior acessibilidade e o comprometimento de clínicas e hospitais, como o Complexo ISPON, na qualidade de vida e no bem estar dos pacientes. 
 

  

Dra. Cynthia Holzmann Koehler
Médica Oncologista Clínica do Complexo ISPON
CRM-PR 24783 | RQE 17606 
 


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